História da BRAPEP

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Associação Brasileira de Pesquisa em Prevenção e Promoção da Saúde

Sheila Giardini Murta 1 , Daniela Ribeiro Schneider 2 , Larissa de Almeida Nobre-
Sandoval 1 , Miriam Schenker 3 , Eliane Maria Fleury Seidl 1 , Larissa Polejack
Brambatti 1 , Maria Inês Gandolfo Conceição 1 , Cristineide Leandro-França 1 ,
Gisele de Rezende Franco 4 , e Samia Abreu 5
1. Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica
2. Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Psicologia
3. Fundação Oswaldo Cruz, Departamento de Estudos Sobre Violência e Saúde Jorge Careli
4. Faculdade Machado Sobrinho, Departamento de Psicologia
5. Universidade de York, Departamento de Ciências da Saúde

A Associação Brasileira de Pesquisa em Prevenção e Promoção da Saúde (BRAPEP) foi fundada em agosto de 2016, durante o I Seminário de Pesquisa em Prevenção, ocorrido na Universidade de São Paulo, com o propósito de aproximar e fortalecer a rede de pesquisadores que atuam no campo da promoção da saúde e prevenção a agravos à saúde a fim de estimular a pesquisa, a formação, a disseminação de conhecimento e a defesa
do sistema público de saúde e de políticas científicas no campo no Brasil. Contou com 53 sócios fundadores.

A BRAPEP é uma organização sem fins lucrativos que congrega pesquisadores oriundos de diversas áreas do conhecimento, orientados por múltiplas teorias e métodos de pesquisa diversos e sensíveis à complexidade dos problemas de pesquisa no campo. Abarca ainda trabalhadores da saúde, gestores, estudantes e representantes da sociedade civil.

Concebe a produção e a utilização do conhecimento guiados por uma perspectiva ética, intrinsecamente comprometida com a redução das iniquidades sociais, a proteção dos direitos humanos e a promoção da justiça social e do desenvolvimento sustentável.

O I Congresso da BRAPEP teve lugar na Universidade de Brasília, em agosto de 2018, sob o tema “Desafios da pesquisa em prevenção e promoção da saúde em contextos de iniquidade social”. Reuniu 230 participantes e contou com 148 trabalhos apresentados com diferentes experiências e enfoques em prevenção e promoção da saúde. A fim de estruturar a agenda de trabalho da Associação Brasileira de Pesquisa em Prevenção e Promoção da Saúde para os anos vindouros, os participantes do I Congresso BRAPEP foram convidados a ativamente se envolver na análise de necessidades para a elaboração das diretivas de um plano de trabalho. As discussões foram realizadas por meio de rodas de construção, focadas nos seguintes eixos temáticos: colaboração e redes nacionais, colaboração e redes internacionais, pesquisa com populações vulneráveis, gestão e políticas públicas, educação permanente e continuada e carreira.

As prioridades sugeridas para as ações da BRAPEP foram dirigidas ao fortalecimento da ciência da prevenção em nosso país, assim como da pesquisa em promoção da saúde, tendo foco no desenvolvimento de estudos implicados com o empoderamento de indivíduos, organizações e comunidades, em especial os silenciados por opressões históricas, culturais, econômicas e educacionais no contexto brasileiro; à construção de relações colaborativas e
solidárias com múltiplos atores no Brasil e no exterior; à coordenação de esforços para utilização de achados de estudos científicos na tomada de decisão por atores políticos; ao fortalecimento do ensino de prevenção e promoção da saúde na formação universitária e em serviço; e à aproximação entre pesquisadores de várias gerações; e à ampliação de perspectivas de trabalho para as novas gerações.

Esperamos que nos anos à frente seja possível adotar processos de trabalho que permitam a consecução, em alguma medida, das prioridades previamente indicadas e, por conseguinte, da missão da BRAPEP, qual seja, prover intercâmbio qualificado entre pesquisadores do campo da promoção da saúde e prevenção a agravos à saúde. A partir do fortalecimento dessa rede, esperamos poder afetar, diretamente, a pesquisa e o ensino no Brasil e, indiretamente, os serviços, o sistema de saúde e as políticas científicas, de saúde e outras afins. Se, por um lado, os desafios são incontáveis, por outro, é um imperativo ético nos associarmos a outras vozes com missões similares voltadas para a melhoria da saúde no país e no mundo.